terça-feira, 26 de março de 2013

Novo jogo na calha

O meu jogo sobre o asilo assombrado está praticamente feito; tenciono por um pdf bonitinho no ar até ao final da semana, e depois tentar impingi-lo a vítimas desprevenidas potenciais jogadores, porque o acho excelente para começar a jogar rpg

Entretanto, estou a pensar no rpg que me propus fazer a seguir: intriga e espionagem numa versão fantástica de Lisboa durante a 2ª GM.

Ora, que eu saiba, rpg's de intriga há aos pontapés: desde o Vampire, que sempre me pareceu pretencioso mas que faz intriga bem (e que tem um excelente livro de recurso chamado Damnation City), até ao Legend of the Five Rings; já rpg's de espionagem não há assim tantos; que me lembre, talvez só o velhinho James Bond, da Victory Games, e mais um ou outro, embora nenhum me pareça de renome.

O ambiente de Lisboa nessa época é excelente para o que pretendo, já que a cidade dava abrigo à realeza europeia exilada, e era palco de intriga de fazer inveja às cidades italianas da Renascença, já que literalmente pululava de espiões do Eixo e dos Aliados, sem falar em agentes da PVDE.

O meu grande problema aqui é que sou só, quanto muito, um curioso de história, e tenho presente um ditado que reza assim: "escreve sobre o que sabes"; como eu não sei quase nada da história dessa época, e o que sei vem do excelente livro de Neil Lochery "Lisboa - A guerra nas sombras da cidade luz", prefiro basear-me nesse ambiente e fazer um jogo com ambiente próprio de raiz.

Assim, o mundo está em guerra, o jogo passa-se todo numa cidade neutral com um ambiente steampunk-oriental, onde os jogadores podem ser realeza exilada, agentes de um dos lados da guerra, ou agentes da polícia secreta da cidade; falando de sistema, serão dois os atributos, Vigor e Vontade, de d4 a d12, e depois haverá Características, de 0 a 3, que somam ao resultado do dado (não apenas perícias, como Luta, por exemplo, mas descritores como Forte ou Rico), e podem ser usadas em conjunto (por exemplo, rolar Vontade, somar Diplomacia ao resultado e juntar História, para convencer um diplomata a entregar algum segredo); este é um sistema que tem vindo a ser trabalhado e refinado desde A Singularidade de Cthulhu, e de que gosto muito; vou acrescentar uma alteração, um valor que meça a capacidade de absorção de dano antes de o dado mudar para um tipo de dado mais pequeno (isto pode parecer estranho, mas vejam o down*town como referência desta mecânica); não haverá qualquer tipo de mecânica "narrativista", como no down*town, porque esta mecãnica era uma colagem descarada ao The Shadow of Yesterday e agora prefiro dar precedência ao ambiente.

A melhor maneira de criar intriga é gerar mapas de relacionamentos; o que é que o npc quer (em termos de objectivos, manter ou alterar o status quo), porque é que não  o pode ter já (que obstáculos lhe saltam ao caminho, adversidade, etc), e o que está disposto a fazer para o obter. Depois é juntar os pc's, e temos jogo.

Falta-me o sobrenatural; a isto refiro-me à magia ou tudo o que não é natural no nosso mundo real mas existe neste mundo imaginado, mas como ainda não tenho presente que tipo de magia quero ter, se alguma, prefiro não lhe chamar descaradamente magia; por exemplo, a excelente série animada Avatar, o sobrenatural é o controlo dos elementos pelas artes marciais; na Saga Drenai, de David Gemmell, a magia é mental. Ainda preciso de me debruçar sobre isto - aceitam-se sugestões!

E é nisto que irei trabalhar nos próximos tempos. Espero que me acompanhem.

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